Parecia apenas que um doava-se mais que o outro. Mentira. Apenas um se doava, apenas um estava aberto, apenas um queria, apenas um desejava, apenas um sonhava. O outro vivia, num mundo diferente, com coisas diferentes, com pessoas diferentes. Pelo menos era assim que se via. Assim que ela via.
Mas era ele chegar perto e todos os pensamentos dela evaporavam. O olhar, o sorriso, o abraço, o toque, o beijo. Agora a doação era mútua, a abertura era mútua, o querer era mútuo, o desejo era mútuo, o sonho, bem, esse não há como garantir, mas parecia ser mútuo. Ambos viviam aquele momento no mesmo mundo, com as mesmas coisas, apenas os dois. Pelo menos era assim que se via. Assim que ela via.
Como resistir? Como não permanecer? Como não amar?
Próximos capítulos: ele vai sumir mais uma vez, ela vai querer terminar, ele vai reaparecer, ela volta a amar. E a pergunta que não quer calar: ATÉ QUANDO?
Sem me comparar, sem entristecer, sem tentar mudar, sem poder entender.
A gente dxa eles fazerem isso conosco né? O sentimento nos dxa tolas, e eles acabam por fazer e nos usar como quiserem...e sempre a gente sendo quem mais se doa...
ResponderExcluirO pior é que a gente permite que façam isso conosco. Sinto-me atada, incapaz de reagir. Ou pior, não sei se é incapacidade de (re)agir ou se é só comodismo da situação. =~~
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