quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu e eu mesma

Daí que eu falo sozinha. Sim, falo sozinha. Quase que o tempo todo. Uma amiga psicóloga diz que isso é bom, que indivíduos que conversam consigo mesmo são melhores cognitivamente. Enfim, que bom.


Mas se não me bastasse a conversa verbal comigo mesma, eu escrevo pra mim mesma. São vários níveis de conversas solo de uma pessoa só. Pelo menos assim eu consigo uma auto-avaliação. Ler pensamentos antigos me fazem ver como eu cresci (ou não), como eu mudei (ou não).


Um blog sem leitores. Poderia ser pior: eu poderia comentar os posts. rs Nada é tão ruim que não possa piorar. Lei de Murphy rege a minha vida. Mas isso é assunto pra outro dia.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ciclos

A decisão tinha sido tomada. Era melhor recuar agora do que se machucar na frente. Não havia indícios de que fosse durar, sem que o sentimento fosse recíproco. 


Parecia apenas que um doava-se mais que o outro. Mentira. Apenas um se doava, apenas um estava aberto, apenas um queria, apenas um desejava, apenas um sonhava. O outro vivia, num mundo diferente, com coisas diferentes, com pessoas diferentes. Pelo menos era assim que se via. Assim que ela via.


Mas era ele chegar perto e todos os pensamentos dela evaporavam. O olhar, o sorriso, o abraço, o toque, o beijo. Agora a doação era mútua, a abertura era mútua, o querer era mútuo, o desejo era mútuo, o sonho, bem, esse não há como garantir, mas parecia ser mútuo. Ambos viviam aquele momento no mesmo mundo, com as mesmas coisas, apenas os dois. Pelo menos era assim que se via. Assim que ela via.


Como resistir? Como não permanecer? Como não amar?


Próximos capítulos: ele vai sumir mais uma vez, ela vai querer terminar, ele vai reaparecer, ela volta a amar. E a pergunta que não quer calar: ATÉ QUANDO?





Quem garante que seguindo adiante eu possa enfim viver?
Sem me comparar, sem entristecer, sem tentar mudar, sem poder entender.